Resumo: A Aloe vera (L.) Burm. f., mais conhecida como babosa, é uma planta versátil amplamente reconhecida na medicina natural. Com folhas carnudas e suculentas, ela é cultivada para uso medicinal e cosmético. Seus usos incluem o tratamento de queimaduras, inflamações da pele e constipação intestinal. A babosa é rica em polissacarídios, vitaminas e outros componentes benéficos. No entanto, seu uso requer cuidado devido a contraindicações, como o uso interno durante a gravidez.
Nome Científico: Aloe vera (L.) Burm. f.
Família: Liliaceae.
Nomes Populares: Aloé, babosa-grande, babosa-medicinal, erva-de-azebre, caraguatá-de jardim, erva-babosa, aloé-do-cabo.
Descrição Botânica:
A Aloe vera (L.) Burm. f. é uma planta herbácea suculenta de origem provavelmente africana, atingindo até 1 metro de altura. Suas folhas são espessas, carnudas e suculentas, dispostas em rosetas presas a um caule curto. Quando cortadas, liberam um suco viscoso, amarelado e amargo. Além de ser cultivada para fins medicinais e cosméticos, cresce subespontaneamente na região Nordeste. Prefere solo arenoso e requer pouca água. Pode se multiplicar facilmente por meio de brotos laterais.
Fitoquímica e Constituintes:
O gel ou mucilagem da babosa é composto principalmente por água e polissacarídios, incluindo pectinas, hemiceluloses, glucomanana, acemanana e derivados de manose. Além disso, a planta contém aminoácidos, lipídios, fitosteróis (lupeol, campesterol e β-sitosterol), taninos, enzimas, vitaminas e sais minerais. A 6-fosfato-manose é o açúcar principal. A resina da parte externa das folhas contém antraquinonas, como aloé-emodina, antronas e seus glicosídeos.
Usos Medicinais e Alegações:
O gel de Aloe vera é amplamente usado externamente para tratar queimaduras e inflamações na pele, sendo eficaz em queimaduras de primeiro e segundo graus. Internamente, produtos derivados do processamento das folhas inteiras são utilizados como laxantes. Para tratar hemorroidas, a polpa (sem cutícula) é recortada no formato de supositório. A planta inteira ou a resina são utilizadas como laxantes ou purgativas.
Parte Utilizada e Via de Administração:
São utilizados o gel ou mucilagem e a resina, com administração tópica para uso em adultos.
Posologia e Forma de Usar:
O gel mucilaginoso fresco ou em preparações estabilizadas (50 a 70%) deve ser aplicado no local conforme orientação médica.
A resina é utilizada para tratar constipação intestinal por inércia intestinal e como purgativo.
REFERÊNCIAS:
LORENZI, H.; MATOS, F.J.A Plantas medicinais no Brasil. Nativas e exóticas. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002.
PANIZZA, Sylvio. Plantas que curam: cheiro de mato. 4. ed. São Paulo: IBRASA,1997. 279p
SAAD, G. A et al. Fitoterapia Contemporânea: tradição e ciência na prática clínica, 2ª edição. Guanabara Koogan, 2016.

CEO EDUARDO MAIA
Farmacêutico & Fitoterapeuta Clínico
Consultor Técnico Regulatório
Professor Digital
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Boa Noite td q é natural amo pois amo a natureza