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Banho de Imersão com Alpinia zerumbet: Uma Terapia Relaxante para Dores Musculares

Resumo: Alpinia zerumbet, também conhecida como Colônia, é uma planta multifacetada com origens asiáticas, agora cultivada em todo o Brasil por suas propriedades medicinais e seu apelo ornamental. Suas características botânicas impressionantes, rizomas semelhantes ao gengibre e flores atraentes a tornam uma adição valiosa a jardins e à medicina tradicional. Rica em fitoquímicos como cineol, terpineol e flavonoides, a Alpinia zerumbet oferece uma gama de benefícios, desde alívio de problemas digestivos até tratamento de afecções respiratórias. Este artigo explora como incorporar essa planta versátil em sua vida diária para promover a saúde e o bem-estar.

Nome Científico: Alpinia zerumbet (Pers) B. L. Burtt. & R. M. Sm
Família: Zingiberaceae
Nomes Populares: Colônia (Nordeste), jardineira (Rio de Janeiro), vindivá (Pará), falso-cardamomo, pacová, gengibre-concha, louro-de-baiano, alpinia, falsa-noz-moscada.

Descrição Botânica: A Alpinia zerumbet é uma exuberante erva rizomatosa, com folhas longas, largas e pontiagudas, cujas flores campanuladas apresentam cores variadas, como rosa, marrom e branca. Originária da Ásia, essa planta é amplamente cultivada em todo o Brasil, tanto por suas propriedades medicinais quanto por sua beleza ornamental. É possível multiplicá-la através do plantio dos rizomas, que se assemelham ao gengibre. Esses rizomas, quando desprovidos da parte aérea, podem ser plantados em canteiros de areia, regados diariamente, e logo brotam. Após alcançar cerca de um palmo de altura, as mudas podem ser transplantadas para canteiros preparados com terra e esterco seco, e devem ser desbastadas a cada seis meses.

Composição Química: Possui um óleo essencial rico em mono e sesquiterpenos, como cineol e terpineol, além de flavonoides como caempferol, rutina e quercitina, e substâncias fenólicas como catequina, epicatequina e alpinetina. O óleo das flores é destacado por conter 1,8-cineol, cânfora, metil cinamato e borneol, enquanto o óleo das sementes é caracterizado por α-cadinol, T-muurolol, α-terpineol, α-cadineno e 4-terpinenol. As folhas também possuem monoterpenos e sesquiterpenos, como 4-terpinenol, 1,8 cineol e γ-terpineno, enquanto a casca do fruto contém kavalactonas.

Marcador Flavonoides; alcalóides.

Alegações No Brasil, algumas espécies do gênero Alpinia são utilizadas com várias finalidades, incluindo ação diurética, carminativa, estomáquica, antiemética, espasmolítica, anti-inflamatória, antiofídica, anti-histérica, antifúngica, vermífuga, tratamento de lesões gástricas, alívio de reumatismo e como tônico geral. É empregada no tratamento de afecções do sistema respiratório, como resfriados e gripes, e seu rizoma triturado é oferecido a asmáticos em crises para alívio. As flores, conservadas em álcool, são utilizadas para combater dores de cabeça, sendo aplicadas na testa e nuca. No Pará, é usada como sedativa, sob a forma de chá da flor, para alívio de dores cardíacas, e como banho para acalmar crianças e aliviar dores de cabeça.

Partes Utilizadas: Folha, rizoma e flores.

Via de Administração: Oral.

USO: Adulto.

POSOLOGIA E FORMA DE USAR: A infusão é preparada com uma a três folhas frescas para cada litro de chá ao dia.

FORMULAÇÕES CASEIRAS:

Digestivo (disfunções gástricas); Excitação nervosa; Dores em geral: Para preparar essa formulação, coloque 1 colher (chá) de rizoma fatiado em uma xícara (chá) e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara (chá) de 1 a 2 vezes ao dia.
Afecções respiratórias (bronquites asmáticas, alérgicas e catarral); Amigdalite; Faringite; Rouquidão: Para esta preparação, coloque 1 colher (sopa) de rizoma fatiado em uma xícara (café) de água em fervura. Desligue o fogo e coe. Adicione 1 xícara (café) de açúcar cristal e leve novamente ao fogo até que o açúcar dissolva. Tome 1 colher (sopa) de 1 a 3 vezes ao dia. Para crianças, a dose deve ser reduzida pela metade.
Afecções (estomacais, intestinais e renais); Reumatismo: Esta formulação é feita com 2 colheres (sopa) de rizoma e flores fatiados em 1 xícara (chá) de álcool de cereais a 70%. Deixe em maceração por 8 dias e coe. Tome 1 colher (café), diluída em um pouco de água, 15 minutos antes das principais refeições.
Cólicas (renais e intestinais); Reumatismo; Nevralgia; Dores (lombares e musculares): Coloque 3 colheres (sopa) de rizomas, folhas e flores fatiados em 1 litro de água em fervura. Desligue o fogo, abafe, espere amornar e coe. Adicione à água do banho morna e faça um banho de imersão por 15 minutos.

REFERÊNCIAS:
Influência do horário de colheita das folhas na composição química do óleo essencial de colônia (Alpinia zerumbet) / Kirley Marques Canuto… [et al.]. – Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2015
LORENZI, H.; MATOS, F.J.A Plantas medicinais no Brasil. Nativas e exóticas. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002.
PANIZZA, Sylvio. Plantas que curam: cheiro de mato. 4. ed. São Paulo: IBRASA,1997. 279p.
SAAD, G. A et al. Fitoterapia Contemporânea: tradição e ciência na prática clínica, 2ª edição. Guanabara Koogan, 2016.

Eduardo Maia

CEO EDUARDO MAIA

Farmacêutico & Fitoterapeuta Clínico
Consultor Técnico Regulatório
Professor Digital

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