Resumo: A Catuaba, cientificamente conhecida como Anemopaegma arvense (Vell.), é uma planta nativa dos cerrados do Brasil Central, pertencente à família Bignoniaceae. Este arbusto perene e pouco ramificado tem uma descrição botânica notável, com folhas trifolioladas e flores campanuladas. Seu potencial fitofarmacêutico inclui triterpenoides, flavonoides, alcaloides e outros compostos. A Catuaba é famosa por suas alegações de ser um tônico e afrodisíaco natural, usada contra insônia, nervosismo e impotência sexual. Suas partes utilizadas são a raiz e a casca do caule, administradas por via oral, com formulações caseiras populares. No entanto, é importante observar contraindicações. O uso tradicional da Catuaba remonta aos indígenas brasileiros, que a usavam como afrodisíaco masculino, e seu legado continua atraindo interesse e pesquisa.
A Catuaba, com o nome científico Anemopaegma arvense (Vell.), é uma planta fascinante pertencente à família Bignoniaceae, nativa dos cerrados do Brasil Central. Além do seu nome científico, é conhecida por uma série de nomes populares, incluindo catuaba, catuaba-verdadeira, catuíba, e muitos outros. Neste artigo, exploraremos em detalhes as características botânicas dessa planta perene, suas propriedades fitoquímicas, alegações terapêuticas, usos tradicionais e formulações caseiras que a tornaram famosa como um tônico e afrodisíaco natural.
Descrição Botânica:
A Catuaba é um arbusto perene, ereto e pouco ramificado, com uma característica distintiva: um xilopódio de cor clara. Alcança uma altura de 30-40 cm e suas hastes são pubescentes. Suas folhas são compostas trifolioladas, com folíolos rígidos-coriáceos de 10-20 cm de comprimento, destacando-se pela cor mais clara na face inferior. As flores, grandes e campanuladas, podem ser brancas ou amareladas, e surgem solitárias nas axilas do ápice do caule. Os frutos são cápsulas deiscentes achatadas, de cor cinza, com poucas sementes membranáceas esbranquiçadas. A Catuaba se multiplica apenas por sementes.
Propriedades Fitofarmacêuticas:
Estudos fitoquímicos revelam que as partes aéreas e raízes da Catuaba contêm triterpenoides, com ácidos oleanólico e betulínico como compostos predominantes. Além disso, evidências apontam para a presença de flavonoides, alcaloides, polifenóis, taninos e resinas.
Benefícios à Saúde:
A Catuaba é considerada um tônico poderoso e um estimulante energético do sistema nervoso. Tradicionalmente, tem sido usada para combater problemas como insônia, neurastenia, nervosismo, hipocondria, falta de memória e para ajudar na recuperação de doenças graves.
Partes Utilizadas e Administração:
As partes da Catuaba utilizadas são a raiz e a casca do caule, administradas por via oral, especificamente para adultos.
Formulações Caseiras:
A Catuaba oferece uma série de formulações caseiras que aproveitam suas propriedades. Para condições como astenia, ansiedade, bronquite crônica e asma brônquica, pode-se fazer uma decocção fervendo 20g das cascas do caule por meia hora. Além disso, a Catuaba é famosa como afrodisíaco e para combater a impotência sexual, sendo misturada com vinho durante uma semana e consumida em pequenas doses durante as refeições principais.
Contraindicações:
É importante notar que a Catuaba não deve ser administrada a crianças ou gestantes.
Curiosidades e Informações Adicionais:
Históricos indicam que os indígenas brasileiros foram os primeiros a descobrir o valor da Catuaba, utilizada como afrodisíaco masculino. Esse uso ancestral persiste até os dias de hoje, tornando a Catuaba amplamente reconhecida como um tônico sexual tanto para homens quanto para mulheres. Seu chá, feito a partir das cascas e raízes, é apreciado como um estimulante “nervino” e afrodisíaco de longa data, com a vantagem de poder ser consumido por tempo indeterminado sem causar inconvenientes.
Em resumo, a Catuaba é um tesouro natural do Brasil que oferece uma variedade de benefícios à saúde e à vitalidade. Descubra mais sobre essa planta única e suas aplicações tradicionais neste artigo informativo.
REFERÊNCIAS:
LORENZI, H.; MATOS, F.J.A Plantas medicinais no Brasil. Nativas e exóticas. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002.
SAAD, G. A et al. Fitoterapia Contemporânea: tradição e ciência na prática clínica, 2ª edição. Guanabara Koogan, 2016.
CEO EDUARDO MAIA
Farmacêutico & Fitoterapeuta Clínico
Consultor Técnico Regulatório
Professor Digital
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