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Chapéu-de-couro: um remédio natural para dores e inflamações

Resumo: Echinodorus grandiflorus Mitch, conhecido como chapéu-de-couro, é uma planta herbácea aquática nativa das regiões brejosas do continente americano, incluindo o Brasil. Suas folhas têm propriedades medicinais e são usadas no tratamento de edemas e processos inflamatórios. Além disso, essa planta possui uma variedade de compostos fitoquímicos. No entanto, seu uso deve ser cuidadoso, especialmente em conjunto com medicamentos anti-hipertensivos, devido ao potencial de queda da pressão arterial.

Nome Científico: Echinodorus grandiflorus Mitch

Família: Alismataceae

Nome Popular: Chapéu-de-couro, aguapé, chá-de-campanha, chá-do-brejo, chá-de-pobre, chá-mineiro, congonha-do-brejo, erva-do-brejo, erva-do-pântano

Descrição Botânica: O Echinodorus grandiflorus Mitch é uma planta herbácea aquática ou subarbusto perene, sem caule aparente, com rizomas. Pode atingir uma altura de 1 a 2 metros. Esta espécie é nativa de áreas brejosas e ácidas em todo o continente americano, incluindo o Brasil. Suas folhas são simples, coriáceas, medindo de 20 a 30 centímetros de comprimento, com um pecíolo rígido que pode chegar a 1,3 metros. As flores são brancas e estão agrupadas em inflorescências paniculadas amplas, elevando-se acima da folhagem por meio de um longo pedúnculo que se origina diretamente do rizoma. Esta planta é encontrada nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil.

Fitoquímica: Echinodorus grandiflorus Mitch contém diversos compostos, incluindo ácidos fenólicos (como ácidos ferúlico, cafeico e isoferúlico), ácidos graxos (incluindo ácido linolênico e ácido dodecanoico), alcaloides (como echinofilinas A, B, C, D, E e F), diterpenoides (tais como echinodol, ácido echinólico, fitol, chapecoderinas A, B e C, echinodolídeos A e B, solidagolactona-I), esteróis, flavonoides (isoorientina, isovitexina, vitexina), terpenoides (di-hidroedulano, transcariofileno, α-humuleno) e óleo essencial (óxido de cariofileno, dilapiol, 2-tridecanona).

Alegações: Esta planta é conhecida por seu uso no tratamento de edemas (inchaço) causados por retenção de líquidos e processos inflamatórios.

Parte Utilizada: As folhas são a parte da planta utilizada para fins medicinais.

Via de Administração: O uso é oral e destinado a adultos.

Posologia e Forma de Uso: Recomenda-se preparar uma infusão com 1 grama (equivalente a uma colher de chá) da planta em 150 mL de água (uma xícara de chá). Essa infusão deve ser consumida em 1 xícara de chá, três vezes ao dia.

Formulações Caseiras:

Diurético e Afecções Renais (Inflamação da Bexiga e Cálculos): Prepare uma infusão com 1 colher de sobremesa de folhas secas picadas em 1 xícara de chá de água fervente. Deixe em infusão por 5 minutos, coe e tome 1 xícara de chá, duas vezes ao dia.

Reumatismo, Gota Reumática e Dores Nevrálgicas: Coloque 2 colheres de sopa de folhas frescas picadas sobre um pano colocado sobre uma peneira, evitando que toque na água. Cubra com outro pano e aplique sobre a área afetada ainda morno, repetindo várias vezes ao dia.

Prostatite: Cozinhe 3 colheres de sopa de folhas picadas em 1 litro de água por 5 minutos. Após esfriar um pouco, adicione à água quente em uma bacia para fazer banho de assento diariamente por 20 minutos, mantendo pernas e dorso fora da água.

Afecções da Garganta (Amigdalite, Faringite), Estomatite e Gengivite: Faça um chá com 1 colher de sopa de folhas fatiadas em 1 xícara de chá de água fervente. Coe em uma peneira e adicione 3 gotas de própolis. Use para gargarejos duas vezes ao dia.

Contraindicações: Não é recomendado para pessoas com insuficiência renal ou cardíaca. Evite doses acima da recomendada, pois podem causar diarreia.

Curiosidade e Informações Complementares: É importante ter cautela ao usar essa planta em conjunto com medicamentos anti-hipertensivos, pois pode resultar em uma queda da pressão arterial.

REFERÊNCIAS:
AMARAL, ACF; SIMÕES, EV; FERREIRA, JLP. Coletânea científica de plantas de uso medicinal. Rio de Janeiro. 2005.
BRASIL. Resolução da Diretoria Colegiada n. 10, de 9 de março de 2010.
GILBERT, B; FERREIRA, JL; ALVES, LF. Monografias de plantas medicinais brasileiras e aclimatadas. Curitiba. ABIFITO. 2005.
PROPLAM – Guia de Orientações para implantação do Serviço de Fitoterapia. Rio de Janeiro. 2004.

Eduardo Maia

CEO EDUARDO MAIA

Farmacêutico & Fitoterapeuta Clínico
Consultor Técnico Regulatório
Professor Digital

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