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Curcuma longa L.: Conheça a Açafrão-Da-Terra e Seus Benefícios

Resumo: Descubra tudo sobre a Curcuma longa L., incluindo seu nome científico, nomes populares, descrição botânica, fitoquímica, usos medicinais e precauções. Aprenda como usar seus rizomas de forma eficaz e conheça formulações caseiras com açafrão-da-terra

A Curcuma longa L., também conhecida como açafrão-da-terra, pertence à família Zingiberaceae. Este artigo abrange detalhes sobre sua descrição botânica, incluindo suas folhas grandes e aromáticas, bem como suas flores amareladas dispostas em espigas compridas. As raízes dessa planta são rizomas elípticos, frequentemente marcados em anéis de brácteas secas, que exibem uma superfície de cor vermelha alaranjada quando cortados. Com um cheiro agradável e sabor picante, a Curcuma longa L. é originária da Índia e cultivada em climas tropicais em todo o mundo.

A fitoquímica desta planta é rica, com os curcuminoides, incluindo a curcumina, como principais constituintes, responsáveis por cerca de 70 a 80% de sua composição. Além disso, seu óleo essencial, que varia de 2,5% a 7%, contém uma mistura de alcoóis sesquiterpênicos, cetonas e monoterpenoides. Os rizomas secos têm entre 1,5% e 5% de óleo essencial, com a Ar-turmerona e a α-turmerona como principais sesquiterpenoides, responsáveis pelo sabor e aroma característicos. A curcumina, por sua vez, é responsável pela coloração amarela que a torna um tempero e corante popular em alimentos. Além disso, a planta contém sais minerais, carotenoides e polissacarídios.

A Curcuma longa L. é amplamente reconhecida por suas propriedades medicinais, incluindo o tratamento de distúrbios digestivos e seu uso como anti-inflamatório. Seus rizomas são a parte utilizada e podem ser administrados oralmente. A posologia recomendada inclui a preparação de decocções, e existem formulações caseiras para diversos fins, como melhorar a digestão e tratar feridas. No entanto, é importante mencionar que há contraindicações, especialmente para pessoas com obstrução dos dutos biliares, úlcera gastroduodenal ou cálculos biliares, que devem usar a planta sob orientação médica. Além disso, não deve ser utilizado em conjunto com anticoagulantes.

FORMULAÇÕES CASEIRAS:
Digestivo estomacal; ativador da função hepática e da secreção biliar; flatulência: em 1 xícara (chá) coloque 1 colher (chá) de rizoma fatiado e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Ainda morno, tome em pequenos goles, 1 xícara (chá) de manhã, em jejum, e outra antes do almoço.
Digestivo estomacal; ativador da função hepática, da secreção biliar e da função renal; normalizador do colesterol; halitose (mau hálito) flatulência: em um pilão, coloque 2 colheres (sopa) de rizoma fatiado. Amasse bem e adicione 1 xícara (chá) de álcool de cereais a 80%. Deixe em maceração por 5 dias e coe. Armazene em vidro escuro, ao abrigo da luz solar. Tome 1 colher (café), diluído em um pouco de água, 10 minutos antes das principais refeições.
Feridas; escaras; erisipelas: coloque 1 colher (sopa) do rizoma fatiado em 1 copo de água em fervura. Deixe ferver por 5 minutos. Abafe por 10 minutos e coe. Aplique nas partes afetadas, em forma de compressas, 2 vezes ao dia.
Feridas; escaras; erisipelas; micoses: em 1 pilão, coloque 1 colher (sopa) de rizoma fatiado. Amasse bem e adicione 1 xícara (chá) de vinagre branco. Deixe em maceração por 5 dias e coe. Aplique no local afetado, com um chumaço de algodão, 2 vezes ao dia.

Uma curiosidade importante é que a Curcuma longa L. perde aproximadamente 0,5% de seu óleo essencial por ano quando armazenada. Portanto, é fundamental armazená-la adequadamente para preservar sua qualidade.

Em resumo, a Curcuma longa L. é uma planta multifacetada com uma rica história e aplicações medicinais significativas. No entanto, seu uso deve ser cuidadosamente considerado devido às precauções e contraindicações associadas a ela. 

REFERÊNCIAS:
ALONSO, JR. Tratado de fitomedicina. Bases clínicas e farmacológicas. ISIS Ed. Argentina. 1998.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada n. 10, de 9 de março de 2010. Dispõe sobre a notificação de drogas vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Diário Oficial [da] União da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 mar. 2010d. Não paginado.
GARCIA, AA. et al. Fitoterapia. Vademécum de prescripción. Plantas medicinales. 3ª ed. 1999.
OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO monographs on selected medicinal plants. Vol. 1. 1999.
WITCHL, M et al. Herbal drugs and phytopharmaceuticals. A handbook for practice on a scientific basis. 3 ed. Medpharm. CRC Press. Washington. 2004.

Eduardo Maia

CEO EDUARDO MAIA

Farmacêutico & Fitoterapeuta Clínico
Consultor Técnico Regulatório
Professor Digital

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