Resumo: Descubra os benefícios da castanha-da-índia, uma planta medicinal com propriedades que auxiliam na circulação sanguínea e tratam problemas como hemorroidas e varizes. Conheça suas composições químicas e saiba como utilizá-la corretamente para obter os melhores resultados.
Nome Científico: Aesculus hippocastanum L.
Família: Hippocastanaceae
Nome Popular: Castanha-da-índia
Descrição Botânica: A castanha-da-índia é uma árvore robusta que pode atingir até 25 metros de altura, com uma copa ampla e abobadada. Seus frutos são conhecidos como castanhas-da-índia e são amplamente utilizados na medicina popular para problemas de circulação sanguínea. A árvore possui ritidoma fissurado em grandes placas destacáveis e folhas com 5-7 folíolos obovados, serrados e tomentosos na face inferior. Suas flores se agrupam em panículas cilíndricas ou cônicas, e os frutos são globosos e espinhosos, contendo uma ou várias sementes.
Composição Química: A castanha-da-índia é rica em substâncias como escina, saponinas (afrodescina, argirescina, criptoescina), taninos, pectina, flavonoides (como canferol e quercetina), óleos essenciais, minerais (potássio, cálcio e fósforo), vitaminas (B, K1, C, caroteno e pró-vitamina D), proteínas e açúcares. Além disso, contém glicosídeos triterpênicos expressos em escina anidra.
Alegações: A castanha-da-índia é indicada para o tratamento de fragilidade capilar e insuficiência venosa, incluindo condições como hemorroidas e varizes.
Parte Utilizada: Sementes com casca
Via de Administração: Oral
Uso: Adultos
Posologia e Formas de Uso:
– Decocção: 1,5g (1/2 colher de sopa) em 150 mL (xícara de chá). Consumir 1 xícara de chá 2 vezes ao dia, após as refeições.
– Cápsula com droga vegetal (casca) 275mg, excipiente q.s.p. 1 cápsula. Tomar uma cápsula, de três a seis vezes ao dia.
– Extrato seco 30%: 100 a 500mg ao dia.
– Dose diária (IN 2/2014): 32 a 120 mg de glicosídeos triterpênicos expressos em escina anidra.
Formulações Caseiras: A castanha-da-índia pode ser utilizada em diversas formulações caseiras para tratar problemas como fragilidade capilar, circulação venosa deficiente, hemorroidas, varizes e muito mais. Confira algumas receitas na íntegra.
Contraindicações: Não deve ser utilizada durante a gravidez, lactação, em casos de insuficiência hepática e renal, nem em situações de lesões da mucosa digestiva em atividade.
Efeitos Adversos: Doses elevadas podem causar irritação do trato digestivo, náuseas e vômitos.
Curiosidade e Informações Complementares: É importante evitar o uso simultâneo da castanha-da-índia com anticoagulantes.
REFERÊNCIAS:
ALONSO, JR, Tratado de fitofármacos y nutraceuticos. Ed. Corpus. 2004.
BLUMENTHAL, M.; GOLDBERG, A.; BRINCKMANN, J. Herbal medicine – Expanded commission E monographs. 1.ed. Newton, MA, EUA: American Botanical Council. 2000. 519p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada n. 10, de 9 de março de 2010. Dispõe sobre a notificação de drogas vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Diário Oficial [da] União da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 mar. 2010d. Não paginado. Disponível em: Acesso em: 26 jul. 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 02 DE 13 DE MAIO DE 2014. Publica a “Lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado” e a “Lista de produtos tradicionais fitoterápicos de registro simplificado” acesso em: 14 out. 2022.
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CARDOSO, CMZ. Manual de controle de qualidade de matérias-primas vegetais para farmácia magistral. Pharmabooks. 2009.
CEO EDUARDO MAIA
Farmacêutico & Fitoterapeuta Clínico
Consultor Técnico Regulatório
Professor Digital
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